DIU: tudo que você precisa saber

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Na hora de escolher qual método anticoncepcional é mais indicado para cada paciente, o ginecologista deve realizar uma avaliação completa para evitar possíveis efeitos colaterais e garantir a prevenção. Atualmente existem várias possibilidades, mas uma das que vêm apresentando os melhores resultados é o dispositivo de contracepção intrauterino (DIU).
Uma pesquisa da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, mostrou que o índice de falha desse método varia de 0,2% a 0,8% – bem menor do que a pílula anticoncepcional, com 9%. E apesar de ter uma versão disponível no SUS, o DIU ainda é pouco utilizado no Brasil, com cerca de 5% das mulheres recorrendo a essa alternativa.
Mas como ele funciona? O DIU é uma peça em formato de “T” ou “Y”, inserida no útero para tornar o ambiente hostil para a sobrevivência dos espermatozoides, impedindo que eles fecundem o óvulo. Eles podem ficar no corpo da mulher de cinco a dez anos, sem necessidade de manutenção constante, liberando substâncias de forma contínua para evitar uma gravidez indesejada.
A não utilização desse método está muito ligada à desinformação. Perfurações da parede do útero, infecções e sangramentos em excesso são apenas alguns dos mitos que envolvem o dispositivo e que já foram debatidos pelos cientistas. Claro que todas as alternativas possuem efeitos colaterais, mas é preciso avaliar quais trarão menos impactos para as mulheres.
Além disso, ele tem o benefício de não precisar contar com a disciplina e a regularidade no uso exigidas pelas pílulas. Uma pesquisa realizada pela empresa farmacêutica Bayern revelou que 58% das entrevistadas negligenciam o uso do anticoncepcional, sendo que a maioria esquece de tomar sempre no mesmo horário. Como esse é um fator decisivo para a eficácia da pílula, colocar o DIU se torna uma alternativa ainda mais segura. Veja quais são as outras vantagens:
- Método de longa duração;
- Pode ser removido a qualquer hora sem prejuízos;
- Não interfere na libido e nas relações sexuais;
- Pode ser utilizado durante o período de amamentação;
- Alta eficácia anticoncepcional;
- Evita efeitos secundários da ingestão de hormônios.
Tipos de DIU
As três variações do DIU que existem atualmente possuem a mesma atuação, mas a partir de métodos diferentes para tornar o útero um ambiente inóspito para os espermatozoides.
- DIU de Cobre
Revestido por um fio ou cilindros de cobre, libera íons dessa substância que impedem a mobilidade do esperma. Além disso, o cobre também impede que o óvulo seja fecundado, pois altera a movimentação nas trompas de falópio. Não tem hormônio, é mais barato e não interrompe a ovulação, mas também pode aumentar o fluxo menstrual da mulher e as cólicas sofridas, pois pode causar inflamações no útero. - DIU hormonal
Libera de forma gradual o hormônio levonorgestrel (progesterona), que impede a liberação do óvulo e torna o muco cervical mais espesso – o que impede a movimentação dos espermatozoides. Ele tende a reduzir a intensidade do fluxo menstrual e a controlar as cólicas, mas a progesterona pode gerar aumento do peso, aparecimento de acne e dores nas mamas. Além disso, é mais caro e precisa ser trocado a cada cinco anos. - DIU de prata
É menos conhecido e utilizado que os dois anteriores, mas é uma alternativa que apresenta prata e cobre em sua composição. Os efeitos são exatamente os mesmos do DIU de cobre, mas ele diminui o fluxo menstrual e a ocorrência de cólicas, além de evitar a oxidação do material.
Só um ginecologista é capaz de indicar a melhor opção, mas, em geral, o DIU é contraindicado para algumas situações específicas, principalmente quando há doenças que causam modificações na parede uterina. É o caso, por exemplo, de malformações congênitas do útero, sangramentos de origem desconhecida, doenças inflamatórias, neoplasias e risco de doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, o DIU é contraindicado em casos de suspeita de gravidez – a melhor fase para isso é durante o período menstrual.
Colocação do DIU
O procedimento para colocar o DIU é simples, com duração de 15 a 30 minutos. É introduzido pelo ginecologista – único profissional habilitado e autorizado para tal fim – com o auxílio de um instrumento aplicador e fixado no alto do útero.
A colocação é feita no próprio consultório, sendo completamente indolor. A adaptação varia de mulher para mulher, mas é comum sentir um desconforto nos primeiros dias. Também é preciso ficar atenta durante o período de menstruação. Apesar de raro, o músculo do útero pode se contrair a tal ponto que o DIU pode acabar sendo expulso.
Após a retirada, a mulher já pode engravidar imediatamente. E vale lembrar que o dispositivo não previne contra infecções sexualmente transmissíveis, sendo necessário manter o uso constante da camisinha para esse fim.
Avaliação para seu caso
Se você está buscando um método contraceptivo e quer descobrir se pode ou não colocar um DIU, que tal consultar um ginecologista na AssisteMed? Ligue para (31) 2342-1200 ou acesse nosso site para marcar uma consulta. Nossos profissionais estão prontos para avaliar seu caso e determinar qual a melhor opção para seu caso.
